segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Amália Rodrigues - Fado Malhoa



Se cresci a ouvir fado, conhecer fadistas e guitarristas, hoje sinto uma espécie de "aversão" (que parece estar a neutralizar-se com o tempo) ao tão apreciado agora pela minha geração. Mas penso que nunca conseguirei falar com ninguém da minha idade sobre fado porque nele pertenço a duas décadas atrás.
Adiante, que isto é uma coisa difícil das pessoas perceberem porque pra eles o fado nasce agora, quando eu já o enterrei. Mas não o matei porque ele está bem vivo como se viu nos últimos dias e teve hoje o seu reconhecimento oficial.
Não negando anos e anos da minha vida, ontem fui ao Museu e vi O Fado mesmo, mesmo à minha frente sem que nada o anunciasse e fiquei muito contente porque foi a concretização de uma das canções que a minha avó mais cantava lá por casa enquanto cozinhava. E o alguém que Deus já lá tem traz-me nostalgia em muitos sentidos.
Faltou ter ao meu lado quem soubesse do que estava a falar quando vi a viola-baixo do Joel Pina e fiquei tão entusiasmada. Mas como aqui a realidade é outra, guardei para mim.
Talvez leve lá os meus pais na próxima semana. Eles hão-de apreciar.
E como este é um assunto que mexe sempre comigo, no dia em que ele entra para a categoria da minha recente paixão, o tango, aqui fica este fado que canta um quadro que o representa. Difícil de explicar, melhor sentir.

1 Comments:

Blogger Margot said...

Muito bonito isto prima.

8:30 da manhã  

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